sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

34ª AULA: FALIBILISMO E INCERTEZA!

Nesta aula os alunos leram a conceituação de falibilismo, bem como, a conceituação de incerteza, em se tratando de Ciências.
Feito isso, de posse de seus Chromebooks e usando o Sapaces, do Gmail, os estudantes elaboraram um breve texto, no qual, estabeleceram a diferença, relativamente às Ciências, entre as duas noções acima citadas.

Abaixo, para ir além e até mesmo recompor, o professor disponibiliza alguns dos textos produzidos na aula. Aconselha-se, também, ler os Links presentes nos termos acima:

"Falibilismo e incerteza são ideias sobre o conhecimento. Falibilismo diz que a gente pode estar errado e deve mudar ideias com novas informações. É tipo admitir que não temos certeza total. Incerteza é quando não podemos prever com certeza o que vai acontecer porque falta informação ou as coisas são complicadas. É como quando não sabemos o resultado exato. Ambos ensinam que devemos ser humildes sobre o que sabemos. Falibilismo foca em estar aberto a mudar ideias se necessário. Incerteza é sobre não ter informação suficiente para ter certeza do que vai acontecer. Em resumo, são maneiras de lidar com a possibilidade de erro e a falta de previsão clara, mostrando que devemos ser humildes ao lidar com o conhecimento." (Texto do estudante RODRIGO DA SILVA JOAQUIM).

"Falibilismo é a ideia de que devemos estar abertos a revisar nossas ideias e crenças, aceitando a possibilidade de estarmos equivocados e dispostos a corrigir nossos entendimentos com base em novas informações. É uma atitude que reconhece a limitação do conhecimento humano. Por outro lado, a incerteza refere-se à falta de garantia ou previsibilidade em relação a eventos futuros, muitas vezes devido à falta de informações completas. A incerteza destaca a impossibilidade prática de ter total confiança em previsões ou resultados, porque há variáveis desconhecidas que podem influenciar o desfecho. Em resumo, o falibilismo se trata da revisibilidade do conhecimento, enquanto a incerteza lida com a falta de certeza." (Texto do estudante ANDREW RICARDO ALMEIDA GONCALVES)

"A diferença entre eles é que o falibilismo pode falhar e errar acreditar em coisas incorretas, a incerteza pode referir-se a uma situação em que não se pode prever exatamente o resultado de uma ação ou o efeito de uma condição.
Falibilismo  é o princípio filosófico de que os seres humanos podem estar errados sobre suas crenças, expectativas ou sua compreensão do mundo e ainda assim se justificarem na realização de suas crenças incorretas. No sentido mais comumente utilizado do termo, consiste em estar aberto a novas evidências de que iria contestar alguma posição ou crença anteriormente detida e no reconhecimento de que "qualquer afirmação justificada hoje pode precisar ser revista ou posta à luz de novas evidências, argumentos e experiências 
A incerteza, em suma, é um elemento complexo que se refere à probabilidade de um evento ocorrer dentro de certos parâmetros, levando em conta, em proporções variáveis, o acaso, a imprevisibilidade, o desconhecimento de certos fatores envolvidos no fenômeno estudado ou deficiências inerentes ao método empregado em sua análise e interpretação. Apesar dos problemas gerados pela incerteza na ciência, ela não invalida previsões, pois levá-la em consideração torna as previsões de eventos futuros mais realistas e confiáveis do que as que a ignoram." (Texto do aluno KEVIN GABRIEL COIMBRA LEITÃO).

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

33ª AULA: CIÊNCIA: CERTEZAS, PARADIGMAS E O QUE ELA ESQUECE!

O professor retomou os entendimentos alcançados na aula anterior, a saber: que a ciência, de ponta, necessita não só de método e espírito científico, mas, também, de investimento, tecnologia, coragem e interesse por problemas (científicos). 

Em seguida, solicitou que os estudantes lessem um texto, e, em seguida, após a devida pesquisa e reflexão sobre o assunto, considerando o que está por detrás e subjacente à ciência, respondessem algumas questões.

Para tanto, os estudantes utilizaram Chromebooks e o Spaces da turma.

A tarefa pode ser revista, abaixo:

Mudança climática provocará uma explosão de vida na Antártida:


Estudo publicado na revista científica [...] afirma que degelo facilitará a expansão das espécies, algumas invasoras, à custa de outras endêmicas, como os pinguins-de-adélia.


A mudança climática provocará o derretimento de amplas zonas da Antártida. Como aconteceu em outras regiões e épocas, nos palcos do degelo haverá uma explosão de vida. Segundo um estudo sobre o futuro do continente branco, porém, a biodiversidade poderia sofrer com o aquecimento: as espécies antárticas são tão únicas e endêmicas que sucumbirão ao avanço da fauna e da flora invasoras que se adaptarem melhor a tempos mais cálidos Dos 14 milhões de km2 |...] de extensão da Antártida, apenas 0,5% é livre de gelo. No entanto, esta pequena porção de terra, quase toda concentrada na costa, abriga muita vida. As zonas sem vegetação são aproveitadas por aves marinhas, pinguins e mamíferos marinhos para a formação de grandes colônias. Mas também existem áreas - oásis no deserto gelado - que exibem verde em forma de musgo, líquen, fungos e algas. [...] Essas Ilhas de vida são habitadas por muitas espécies de microfauna, que vão de pequenos artrópodes até bactérias [...]


Pinguins-imperador na Antártida


Até o final do século, essas ilhas de vida serão ampliadas em cerca de 17.600 km2. Esse é o principal dado de um estudo, realizado por pesquisadores da missão antártica da Austrália e de várias universidades desse país [...]. E, como já foi observado em regiões como o Ártico e os Alpes, onde o gelo se retira a vida avança. [...]


Até agora, quase todos os estudos sobre o impacto da mudança climática na Antártida tinham focado nas consequências do degelo para todos, menos para a vida do continente branco. Em particular, o interesse era na incidência do aquecimento global sobre o clima regional, a circulação marinha e o aumento do nível do mar. [...]


“Não sabemos ao certo qual será o impacto global sobre a biodiversidade. Ainda que, sem dúvida, haverá ganhadores e perdedores”, afirma Jasmine Lee. [pesquisadora principal do estudo]. “A Antártida é hoje protegida pela dureza de seu clima, que impede o estabelecimento de espécies não nativas”, diz pesquisadora australiana. “Com a mudança climática, será mais fácil para essas espécies se estabelecer”’. [...]


Algumas dessas mudanças já estão ocorrendo. Por exemplo, a distribuição geográfica das duas espécies de pinguins antárticos, o pinguim-imperador e o pinguim-de-adélia, está se contraindo em direção ao pólo à medida que o gelo se retira. Entre os ganhadores, parecem estar as duas únicas plantas vasculares que aguentam o clima extremo. Tanto a Colobanthus quitensis (mais conhecida como “erva-pilosa-antártica”) como a Deschampsia antárctica estão se expandindo para o sul da Península Antártica. Mas isso também está sendo feito pela Poa annua, uma espécie de planta de outras latitudes que deslocou espécies autóctones nas ilhas mais próximas ao continente branco.


CRIADO, Miguel Angel. Mudança climática provocará uma explosão de vida na Antártida. EI Pais, 29 jun. 2017. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/28/ciencia/1498635829_266916.html>. Acesso em: 14 jul. 2018.



INSTRUÇÃO: APÓS A LEITURA DO TEXTO, E, COM BASE NELE, RESPONDA:


1) O que leva os cientistas a afirmarem que o degelo facilitará a expansão das espécies invasoras às custas das espécies endêmicas?


2) Faunas do tipo aves marinhas, pinguins e mamíferos marinhos são facilmente visíveis a olho nu. No entanto, microfauna, tais como pequenos artrópodes e até bactérias são impossíveis de serem vistas a olho nu. Como os cientistas fazem para fazer este tipo de observação? Dê ao menos um exemplo prático e local em termos de Antártida.


INSTRUÇÃO 1: LEIA O TEXTO ABAIXO:


“a compreensão natural que o homem tem de si mesmo e que são constantemente criadas pelos efeitos da penetração da tecnociência no próprio âmbito da práxis humana. São, de facto, os problemas de ordem existencial suscitados pela ordenação da convivência humana, segundo o critério técnico científico da eficácia, que hoje nos fazem refletir, mais e de um outro modo, percebendo que, afinal, a figura da cultura científica, desenvolvida na Europa, não é suficiente para a vida do homem sobre a terra. Esta exige muito mais, nomeadamente, algo que a ciência esquece; o saber ser com outros e o saber cuidar.


O conflito entre ciência e phronèsis é também a questão subjacente à grande demanda de ética no mundo contemporâneo, ao seu apelo a novas formas de saber na raia da ciência e a valores relacionais, como os de responsabilidade, de solidariedade, de respeito pelo outro, de dignidade humana, de atenção à vítima e de justiça social. Na raiz deste conflito está a questão da universalidade e da particularidade própria da capacidade humana de juízo que, moldada pela ciência, se concebe como estrita aplicação de regras. Gera-se a ideia de que as pessoas aprendem como fazer algo e devem fazê-lo rapidamente, quase sem pensar e ajuizar, em prol do crescimento econômico.


Esquece-se o cuidado com o particular, as relações próximas e pessoais com os outros que são a primeira textura da vida ética.” 


(SILVA, Maria Luísa Portocarrero da.  Rituais hermenêuticos da convivência: a atualidade de H. G. Gadamer. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2018, p. 112.)


INSTRUÇÃO 2: RELEIA O 4º PARÁGRAFO DO TEXTO PRINCIPAL:


“Até agora, quase todos os estudos sobre o impacto da mudança climática na Antártida tinham focado nas consequências do degelo para todos, menos para a vida do continente branco. Em particular, o interesse era na incidência do aquecimento global sobre o clima regional, a circulação marinha e o aumento do nível do mar. [...]”


INSTRUÇÃO 3: REFLITA SOBRE OS DOIS TEXTOS LIDOS ACIMA, E RESPONDA:


3) Você concorda que a ciência, por vezes, esquece das coisas mais básicas e principais? Explique.


4) No que o texto principal lido tem a ver com as ideias de Charles Darwin (1809-1882)?


11ª AULA: ERATÓSTENES E A OBSERVAÇÃO!

Visto que o Professor Ovídeo, colega da área da Matemática, está trabalhando noções de Trigonometria com os alunos dos oitavos e nonos anos,...